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| Cada espécie é perfeita assim como foi criada |
A lista de proibições de cirurgias estéticas em vigor no conselho Federal de Medicina Veterinária acaba de ser ampliada. Os médicos-veterinários não podem mais amputar caudas de cães por motivos estéticos.
O egoísmo, tão peculiar à humanidade, impõe uma série de regras aos bichos, os quais muitas vezes são incapazes de reagir ás atrocidades. A impaciência do Homem com relação ao som emitido pelos cães o fez inventar:
A cordectomia – cirurgia de retirada das cordas vocais para que os latidos deixem de incomodar.
A onicotomia – cirurgia de retirada das garras dos felinos, foi utilizada por anos e justificada como uma forma de evitar estragos em móveis e arranhões nas pessoas com quem o animal convivia.
A conchectomia – cirurgia para levantar as orelhas dos cães.
Também por conveniência humana, determinou-se que algumas raças caninas como o Dobermann, Boxer, Poodle e Schnauzer, entre tantas outras, ficariam ainda mais bonitas e com aparência mais compacta se a cauda fosse cortada - cirurgia da caudectomia.
Desde 2008, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), iniciou um trabalho de conscientização dos mais de 80 mil profissionais da medicina veterinária no Brasil para a abolir essas práticas.
Com a publicação da resolução n° 877 de 2008, ficam proibidas “ as cirurgias consideradas desnecessárias ou que pudessem impedir a capacidade de expressão do comportamento natural das espécies “
Após 5 anos de adaptação ao texto de 2008 e de um longo debate, foi publicada no último mês de junho a resolução n° 1.027 do CFMV proibindo a caudectomia no Brasil.
Nenhuma raça canina poderá ser submetida ao corte de cauda, em nenhuma fase da vida, para fins estéticos.
A responsabilidade requerida aos que decidem ter um animal de companhia envolve carinho, cuidado e proteção e, certamente, não precisamos nos esforçar muito para perceber que cada espécie é perfeita assim como foi criada.
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| Proibida a amputação de caudas em cães |
fonte: Revista Cães & Cia Alfredo Soares
