Raças Felinas




Atenção, o guia das raças encontra- se no final desta página.


FAMÍLIA DOS GATOS ( FELIDAE )

Os primeiros representantes da família do gato surgiram há 8 a 10 milhões de anos, muito antes, portanto, do aparecimento do homem na face da Terra. Os paleontologistas descrevem um animal carnívoro muito assemelhado à doninha, ao qual denominam Miacis. Este animal viveu há cerca de 50 milhões de anos, tinha um corpo longo e pernas curtas, e foi provavelmente, o predecessor do gato.
Dinictis  - O Ancestral do gato doméstico.
Aquele primeiro gato, que viveu há 40 milhões de anos, era um animal do Velho Mundo e devia estar extremamente bem adaptado ao seu ambiente uma vez que permaneceu relativamente imutável numa época em que os outros mamíferos estavam evoluindo rapidamente. É conhecido com o nome de Dinictis, tinha o tamanho aproximado ao do lince e assemelhava-se muito ao gato moderno; apresentava, contudo, seus dentes caninos muito mais desenvolvido e seu cérebro muito menor. As 36 espécies de gatos que conhecemos atualmente desenvolveram-se a partir de descendentes de Dinictis, os Felidae.
Parece que os descendentes dos Dinictis evoluíram em duas direções. Em uma delas os dentes caninos tornaram-se ainda maiores. Este grupo inclui o gênero Machairodus, ou gatos com caninos em forma de sabre. O segundo grupo tinha dentes caninos menores e engloba a família Felidae à qual pertencem todos os gatos atuais.
No sul da Califórnia, proximo a Los Angeles, há lagoas de alcatrão que afluíam debaixo do solo, neste local encontraram diversos esqueletos da espécie norte-americana, os Smilodon californicus, um dos gatos dentes-de-sabre mais avançados. Os longos dentes caninos que se curvavam além da mandíbula inferior, quando a boca permanecia fechada, eram utilizados não para morder a presa mas, sim, para um golpe violento e contudente.
Os membros da famíla do gato foram adaptados e diversificados para se adequar à grande variação de climas e ambientes, mas todos eles são carnívoros, ágeis e eficientes caçadores. Alguns são solitários, outros, como os leões em particular, vivem em grandes grupos. Seu tamanho varia consideravelmente, do avantajado tigre ao gato de cabeça chata de 2 quilos. No passado, a família dos gatos era dividida em vários gêneros diferentes, mas pesquisa recente das formas extintas sugere que as diferenças entre eles têm pouco significado e muitas autoridades agrupam-nos atualmente no mesmo gênero, mas com apenas uma única exceção, a chita, que foi colocado num gênero próprio, Acinonyx, por ser diferente de outros gatos sob vários aspectos, e entre eles, suas garra não-retráteis. Os grandes gatos (uma vez considerado num gênero separado, Panthera) podem rugir; enquanto os gatos pequenos possuem vozes com tonalidade mais altas. Os primeiros – que possuem cabeças maiores em proporção ao corpo – precisam respirar a cada rugido enquanto os gatos pequenos podem ronronar quase que continuamente.


O gato domético ( Felis catus )

As semelhanças entre os gatos selvagens modernos e os de casa são tão grandes e as diferenças – principalmente ligadas ao tamanho, ao comprimento do pêlo e à espessura da capa de proteção do coxins plantares do gato selvagem – tão poucas, que se torna difícil estabelecer qualquer genealogia autêntica. É muito provável que em diferentes partes do mundo, espécies locais diferentes tenham-se tornado os primeiros gatos domésticos.
Acredita-se que os gatos foram inicialmente domesticados no Egito.
Quando o homem está envolvido no controle do acasalamento e manejando cuidadosamente no sentido da perpetuação das variações mutantes, tem criado uma ampla gama de raças que caracterizam muitos dos animais domésticos que conhecemos atualmente com forma, pelagem e coloração que não teriam sido criadas espontaneamente na vida selvagem. Embora incertos na genealogia do Felis catus, não há nenhuma dúvida de que a maioria de suas linhagens devem sua existência, com sua forma atual, inteiramente à ação do homem.

Os gatos e o homem

A maioria dos animais domesticados pelo homem começou sua relação com ele mais como uma fonte de alimento ou como companheiro de caça, mas a associação do gato com o homem dependeu mais da vantagem para o gato que seu proveito para os seres humanos. Existem muitas lendas para explicar a origem ou a domesticação do gato.
Sabemos que o gato não se tornou domesticado muito mais tarde que o cão e os animais destinados para alimentação humana, como o gado, mas é impossível conhecer-se exatamente quando se deu a primeira transição.
O quadro mais primitivo de um gato, conhecido até hoje, foi pintado numa tumba egípcia há cerca de 2600 a.C. - nenhum deles foi descoberto entre as pinturas das cavernas pré-históricas. Este gato está usando um grande colar, mas podia ser ainda um gato selvagem pois, embora o gato fosse tido como objeto de culto religioso no Egito, bem antes de 2000 a.C., os primeiros registros incontestáveis de gatos domésticos datam de 1800 a.C. somente.


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