“Até o final da década de 1990, doença era mais comum em jardineiros, agricultores e floristas devido ao contato com a terra e com plantas contendo o fungo “ , diz a médica – veterinária Isabella Dib Ferreira Gremião, do laboratório de pesquisa clínica em dermatozoonoses em animais domésticos do instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Os pesquisadores do Ipec constataram que atualmente cerca de 85% dos casos em pessoas estão relacionados com arranhões e mordidas de gatos doentes ou com o contato com secreções das lesões desses felinos.”
O contato dos gatos com o fungo decorre de comportamentos típicos da espécie como se esfregar no solo, remexer a terra e afiar as garras em árvores e madeira. Mas o Ipec constatou que a maioria dos gatos se infecta ao brigar com outros gatos doentes.
“A esporotricose já foi contraída por mais de 4 mil pessoas no Estado do Rio de Janeiro nos últimos 15 anos, resultado da precária condição de vida da população afetada e da falta de política pública de prevenção e controle”, comenta Isabella.
Tanto pessoas quanto gatos podem ser tratados dessa doença. E os gatos que morrem com esporotricose não devem ser enterrados. “O certo é incinerá-los”, orienta Isabella.
Gato recém-recolhido da rua Três meses de tratamento
De banho tomado, recuperação quase total.
fonte: Revista Cães e Cia