Saiba poque não se deve fazer uso de substâncias químicas e de cirurgias estéticas para o “embelezamento” de cães e gatos.
Com mais de 50 milhões de cães e gatos , o Brasil tem a segunda maior população de pets no mundo. E , segundo dados do setor, o gosto do brasileiro por animais de estimação continua a crescer. Com isso, os serviços de embelezamento de animais se expandem para além do banho e tosa.
Substãncias Químicas
Principalmente nos grandes centros urbanos, pet shops e clínicas veterinários ampliam as opções de procedimentos estéticos, com práticas que geralmente interferem nas características naturais dos animais. Surgem constantemente novidades que se propõem a embelezar cães e gatos com o uso de substâncias químicas aparentemente inofensivas, mas que, pelo potencial de oferecer perigo, geram preocupação. É o caso do alisamento e da hidratação da pelagem , das tinturas para colori-la e dos serviços de “manicure” . O Conselho Federal de Medicina Veterinária ( CFMV) não recomenda esses tratamentos e ratifica a importância de se respeitar os animais como eles são. Há riscos reais de ocorrerem queimaduras térmicas e químicas, de acidentes com o corte das unhas e de alergias e intoxicações, ferindo a premissa da guarda responsável que preza o bem – estar animal. Ao se adquirir um pet, é preciso fazê-lo de forma consciente e com o compromisso de não expô-lo a sofrimento desnecessário.
Cirurgias Estéticas
É válido ainda lembrar que, desde 2008, o CFMV trabalha pela abolição das cirurgias ditas estéticas em cães e gatos. A resolução 877, de 2008, proibiu em todo o território nacional a conchectomia ( que levanta as orelhas dos caninos ) , a cordectomia ( retirada das cordas vocais ) e a onicectomia ( extração das garras dos gatos ) . Depois de cinco anos de adaptação àquela resolução, em 2013 foi acrescentada a proibição da caudectomia ( corte da cauda ) , pela resolução 1.017. Esses dispositivos são considerados um avanço na prática da medicina veterinária brasileira e, mais do que imposição do CFMV, servem para estimular a reflexão sobre a inutilidade de se mutilar animais apenas por convenção. Estimular a guarda animal de forma consciente contribui poitivamente não só para a saúde dos pets, mas também para o equilíbrio do meio ambiente.