20 de jun. de 2011

Filhote: 5 Erros dos donos na Educaçao

De acordo com comportamentalistas caninos, 99% dos donos têm problemas com cães em decorrência de não terem conseguido impor regras nos primeiros meses de vida.

No começo, muitas pessoas acham graça ao ver o filhote destruindo o chinelo, rosnando para o dono ou brincando de cabo de guerra. Contudo, segundo especialistas é nessa fase que o proprietário não se deve deixar levar pela graciosidade do cão e, conseqüentemente, cometer alguns erros comuns.

De acordo com comportamentalistas caninos, 99% dos donos têm problemas com cães em decorrência de não terem conseguido impor regras nos primeiros meses de vida. Especialistas explicam que o comportamento do animal se constitui enquanto ele ainda é filhote e, até os três meses de idade, a memória canina é similar a uma folha em branco. Confira os cinco erros mais comuns dos proprietários com seus filhotes e suas respectivas soluções:


1. Falta de um líder: os cães, por natureza, são animais de matilha e essa, por sua vez, necessita de um líder. Dessa forma, se nenhum morador da casa assumir esse papel, o filhote o assumirá. Portanto, desde os primeiros meses o dono deve se impor como líder  e deixar claro quem manda no território.

2. Receio de repreender o filhote: logo nos primeiros dias de vida, o filhote não possui experiência prévia para lhe indicar o que seja certo ou errado – o que pode e o que não pode -, por isso é o proprietário quem deverá ensiná-lo. Não repreendê-lo quando fizer algo incorreto, por exemplo, poderá acarretar problemas futuros. Repreender não significa maltratar, mas sim lhe apresentar uma situação indesejada como conseqüência do que ele fez, desestimulando sua repetição. Pronunciar uma palavra de repreensão em tom firme no momento em que o cão praticar a ação errada, como um “não” enérgico, é um exemplo.

3. Brincadeiras de morder: dentre as inúmeras brincadeiras que se faz com um cão, muitas pessoas dão a mão para que o filhote brinque de mordê-la, resultando em pequenos cortes e arranhões. A brincadeira, engraçada no início, pode trazer uma série de problemas quando o cão estiver adulto, pois se ele aprende que é permitido morder, provavelmente se defenderá com dentadas fortes e freqüentes ao longo de sua vida. Para corrigi-lo, pode-se usar uma técnica que consiste em colocar o polegar na língua do cachorro e pressionar até que ele tente empurrá-lo para fora de sua boca. Essa técnica deve ser feita de modo rápido e somente no ato da mordida (jamais se pode utilizá-la como maneira preventiva). Não se deve esquecer de sempre utilizar uma palavra de repreensão enquanto aplica a correção e de não permitir que nenhum outro membro da família ou amigos deixe-se morder. Brinquedos próprios para cães são uma alternativa para suprir esta brincadeira.

4. Falta de controle nos passeios: para muitas pessoas a hora do passeio é sinônimo de confusão, pois enquanto o dono vai para um lado, o cão puxa para o outro, em muitos casos correndo atrás de carros e motos. É importante destacar que só se deve passear na rua com o cão após ele ter tomado todas as vacinas, enquanto isso, segundo comportamentalistas, pode-se acostumá-lo com a coleira folgada algumas horas por dia, dentro de casa mesmo. A partir do momento que o animal puder passear em locais públicos, o ideal é fazê-lo diariamente, aumentando o tempo dos passeios gradativamente. Sempre que for sair de casa para dar uma volta, a orientação é, primeiramente, colocar guia e coleira adequada ao tamanho do cachorro, posicioná-lo do lado esquerdo (segurando a guia com as duas mãos) e começar a andar levando o cão ao lado. Todas as vezes que ele puxar a guia ou empacar deve ser repreendido com palavras e um puxão. Quando o cão andar junto e sem puxar, o dono deve elogiar o animal com palavras ou petiscos, manter a guia folgada e dar comandos que indiquem sincronismo, como, por exemplo, “junto”. Caso ameace correr atrás de veículos, o proprietário deve puxá-lo e repreendê-lo no mesmo momento.

5. Isolamento na hora das refeições: A maioria das pessoas coloca ração para o filhote no pote e sai para fazer outras coisas, deixando-o se alimentar sozinho. Desse modo, o cão aprende que a hora da refeição deve ser um momento solitário e pode reagir agressivamente todas as vezes em que está comendo e alguém chega perto dele ou do próprio pote de ração. Para evitar essa agressividade desde os primeiros dias de vida, sempre que possível o proprietário deve ficar perto do filhote durante as refeições, acariciando seu pêlo e colocando a mão no pote de ração do animal enquanto ele se alimenta. Isso fará com que o cão se acostume com a presença humana durante as refeições e evitará que, futuramente, o animal avance nas pessoas na hora da comida ou se torne agressivo quando, por algum motivo, o dono precisar manusear o pote de ração. Caso o filhote rosne ou morda o dono durante esse exercício, é importante que haja repreensão no mesmo instante e até mesmo retirada da comida. Restabelecida a calma, o proprietário pode devolver o pote para dar continuidade à refeição. Segundo especialistas, essa atitude é fundamental para o cãozinho aprender que o dono é o líder e pode manusear ou simplesmente retirar o alimento a qualquer hora.
Mesmo com essas dicas, é de suma importância que você procure um veterinário para realizar um acompanhamento pediátrico com seu filhote. Só assim você garantirá orientação profissional correta, vermifugação e vacinação em dia.