24 de jan. de 2013

Exóticas e poderosas: assim são as cobras


Cobras, serpentes, víboras…, várias são as denominações desses répteis maravilhosos. Mas cuidado: as aparências enganam…

Mais de 2.700 espécies destes animais intrigantes vivem no nosso planeta. Pertencentes à subordem dos ofídios, são, com certeza, os répteis mais temidos que conhecemos.
O Brasil possui cerca de 260 espécies de serpentes, distribuídas em todo território nacional. Seres diferenciados, elas apresentam, em média, cerca de 800 ossos, em 90% dos casos, apenas um pulmão. Elas não tem ouvidos, e sua pálpebra fixa faz que seus olhos não pisquem. Seu corpo é revestido por camadas queratinizadas, diminuindo, assim, o desgaste causado pelo atrito com o solo.
Na grande maioria, são animais de sexos separados e ovíparos, mas elas também podem ser vivíparas – caso de muitas serpentes peçonhentas.
O número de filhotes varia de espécie para espécie, as fêmeas são maiores que o macho para assim, acomodar melhor os ovos
As cobras são divididas e agrupadas em famílias sendo algumas peçonhentas e outras não.

Cobras peçonhentas: são aquelas que, além de produzir veneno, são capazes de injetá-lo.
Não peçonhentas: possuem veneno, porém não são capazes de injetá-lo.

Todas as cobras produzem veneno, pois esta é uma solução enzimática com finalidades digestiva e de proteção.
Você sabia que as cobras sentem os cheiros pela língua.

As serpentes e seus dentinhos:

Um detalhe importante para identificar se uma cobra é peçonhenta ou não, são os dentes. A dentição das serpentes é levemente presa, facilitando a captura e a deglutinação das presas. São 4 as espécies de dentes distribuídos nas bocas destes animais:

# Áglifas – dentes pequenos, pontudos e recurvos para trás: São  serpentes inofensivas.
# Opistóglifas – dentes situados profundamente na boca. Possuem veneno, mas não conseguem usar o aparelho peçonhento. Portanto são serpentes inofensivas.
# Proteróglifas – dentes maxilares anteriores aumentados, com presas móveis e inoculadoras de veneno. Trata-se de uma serpente peçonhenta.
# Solenóglifas – dentes grandes com presas inoculadoras que se comunicam com as glândulas de veneno. Essas são as serpentes venenosas mais temidas.



As picadas de cobras não são nada agradáveis. Mais que isso, elas podem ser fatais se não forem diagnosticadas a tempo.
Para cada tipo de veneno, que são três, existe um tipo de soro próprio. Os sintomas ajudarão a identificar qual será necessário usar: o antibotrópico, o anticrotálico ou o antielapídico. Os soros podem ser encontrados na maioria dos hospitais.

Você sabia: não se deve amarrar o braço ou perna do acidentado; não se deve chupar o local da picada, muito menos cortar o local da picada e não coloque folhas, querosene, terra e etc. no local atingido. 

Bichinhos de estimação

Cada vez mais, as cobras estão ganhando o status de pet. Mas nem todas, no Brasil, são autorizadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), para serem mantidas em casa. Segundo a lei promulgada em 2002, a comercialização desses animais é permitida somente para algumas espécies de serpentes não-peçonhentas, como a Jibóia, a Salamanta, Phyton e a Sucuri.  

Jibóia


Mas, para manter um animal destes, são precisos alguns cuidados. O primeiro item a ser observado é o local em que o animal irá viver. O mais indicado é o terrário, com uma placa aquecida entre 28°C e 30°C. Com base, disponha um substrato de grama sintética ou areia e um pequeno espaço com água para o animal beber. Para limpá-lo, basta passar um pano umedecido com água a cada três dias e recolher as fezes com uma espátula. Para evitar que parasitas como fungos e ácaros invadam os terrários, a dica é mantê-los sempre limpos.
Serpentes alimentam-se de ratos e insetos, mas, independentemente de ser animais tranqüilos na aparência, alguns cuidados são primordiais. É indicado que seu manuseio, seja sempre realizado com uma ferramenta comprida e somente depois ter o contato com a mão. As mãos devem estar limpas, principalmente livres de cheiros de outros animais. Elas não devem ser pegas pela frente, nem com movimentos bruscos. Também não é indicado tocá-las no período de troca de pele, enquanto elas se alimentam ou quando fazem a digestão.
Mesmo sendo um animal exótico, não seria justo mantê-lo preso em um confinamento pequeno. Jibóias costumam ficar enormes, com mais de 1,5 m de comprimento. O espaço destinado à cobra ou a qualquer outro animal deve respeitar as suas condições.


Terrário

Alfredo Carvalho