8 de ago. de 2011

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As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Assim como outros répteis, sua origem é a terra e sua ida para o mar a diferenciou dos demais répteis.
 
Daquela época para cá, o número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. Também perderam os dentes, mas ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar. As tartarugas não são animais de cérebro evoluído, mas têm extremamente desenvolvidos a visão, o olfato e a audição, além de uma fantástica capacidade de orientação. Isso faz com que, mesmo vivendo dispersas na imensidão dos mares, saibam o momento e o local da reunião para reprodução. Nessa época, realizam viagens transcontinentais para voltar às praias onde nasceram para desovar.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em duas famílias – a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae. Dessas, cinco são encontradas no Brasil: Tartaruga Gigante ou de Couro ( Dermochelys coriacea ), Tartaruga Verde ( Chelonia mydas ), Tartaruga de Pente ( Eretmochelys imbricata ) e Tartaruga Cabeçuda ou Mestiça ( Caretta caretta ).

TARTARUGA GIGANTE ou de Couro ( Dermochelys coriacea )

É a maior espécie de tartaruga marinha e também a mais forte. É chamada de tartaruga gigante, por medir até dois metros de comprimento de casco e pesar 700 kg, embora já tenha sido encontrado um exemplar com 900kg.
De cor preta, com pontos brancos, tem o casco menos rígido que as outras, parecendo quase um couro – por isso ganhou esse nome. Tem grandes nadadeiras frontais, que lhe permitem nadar longas distâncias. Vive sempre em alto-mar, aproximando-se do litoral apenas para desova e se alimenta preferencialmente de águas-vivas.
Pouquíssimas fêmeas, em trono de sete, desovam somente no litoral do Espírito Santo.
( fonte Projeto Tamar )

TARTARUGA VERDE ( Chelonia mydas )

Alimenta-se exclusivamente de algas. Também chamada de Aruanã, esta tartaruga tem o casco castanho esverdeado ou acinzentado medindo cerca de 1,20m. Pesa em média 250kg, podendo atingir até 350kg.
Quando jovem, pode ser vista, com relativa facilidade, ao longo de todo o litoral brasileiro. Para desovar prefere as ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, em Pernambuco, Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, e Trindade, no Espírito Santo.

TARTARUGA DE PENTE ( Eretmochelys imbricata )

Também chamada de tartaruga Verdadeira ou Legítima, é considerada a mais bonita das tartarugas marinhas. Tem a carapaça formada por escamas marrons e amarelas, sobrepostas como as telhas de um telhado. A boca lembra o formato de um bico de gavião e o casco pode medir até um metro de comprimento e pesar 150 kg.
Tem este nome porque era caçada para que seu casco fosse usado na fabricação de pentes e armações de óculos. Por isso é umas das mais ameaçadas de extinção.
Alimenta-se de peixes, caramujos, esponjas e siris.
Na forma juvenil ou semi-adulta é encontrada em todo o litoral do Nordeste, mas o litoral Norte da Bahia é o único local onde ainda há um número significativo de desovas remanescentes.

TARTARUGA CABEÇUDA ou Mestiça ( Caretta caretta )
Como o nome já diz, ela tem uma cabeça bem maior que as outras, chegando a medir 25cm. No Brasil, é a que faz maior número de desovas nas praias do continente e é também chamada de Tartaruga Mestiça. Seu dorso é marrom e o ventre, amarelado. Seu casco mede aproximadamente um metro e pesa cerca de 150kg, embora alguns exemplares cheguem a 250kg. Come peixes, camarões, caramujos e algas. Suas mandíbulas poderosas lhe permitem triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos.
Encontrada em praticamente todo o litoral, para desovar procura preferencialmente as praias do norte do Rio de Janeiro, e especialmente as da Bahia, Espírito Santo e Sergipe. 

fonte: revista Animais e Cia - nº42 

                                                                                 Alfredo Carvalho